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Livro de Fotografias "Uma Janela"

Alejandro não se seduziu pela especialização. Tanto vale preto/branco quanto colorido, noturno como ensolarado, retrato ou abstrato, original ou modificado. A diversidade dos tipos de trabalho e dos temas focados agrada. Não foge do premeditado, elaborado, como não tem medo do belo (como diz o título de sua segunda exposição), nem do flagrante, nem do inesperado quando trabalha em cima “da imagem de matéria prima” (nunca aleatoriamente, diga-se de passagem).

 

Alejandro é um artista inquieto, sempre a apurar sua expressividade e sensibilidade estética e inventando modos diversos de expor fotografia: como por exemplo, ao pendurar mini imagens em três versões de cada foto, em ambiente onde reuniu 1650 delas; ou usar o recurso de expô-las impressas em tecido de grandes dimensões.

Embora não se considere fotógrafo de pessoas, o delicioso “álbum de uma debutante”, de sua autoria, é uma joia.

 

O livro agora apresentado é um pequena demonstração de alguns segmentos do seu trabalho e tem notável elegância de edição no seu aspecto artístico, gráfico e técnico. As fotografias passam ao apreciador um recado de tranquilidade, suavidade e equilíbrio, carinhoso até com o prego que como ponto final fecha história.

 

A “JANELA” pela qual Alejandro vê o mundo é do tipo “responsável pela paisagem“ que mostra. Me debruço nela.

 

                                                                                                                                                                                 Ludwika Piekut

                                                                                                                                                           Paty do Alferes, agosto 2014.

Prefácio

 

A fotografia, que há muito está no caminho de reconsideração dos seus próprios conceitos, parte para a exploração do recriado, revisto, ampliado, descoberto. Retirado da área do invisível. Aí surgem as pontes entre lente, gente e tecnologia e os inevitáveis confrontos da realidade com a imaginação. Existe uma espécie de “outro mundo” que flui dentro de nós, adormecido, fugitivo mas pronto a ser garimpado indefinitivamente - é o mundo da criatividade. Alejandro avança nele sucessivamente com toda a coragem, em várias direções e com visível entusiasmo. Gostosa essa busca, séria e lúdica ao mesmo tempo, que faz, por exemplo, de um rude barranco uma encantadora ilustração de conto de fada; de um minúsculo espinho, a imagem do Cristo crucificado ou, quando visto em sombra, uma andorinha voando. 

 

 

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